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SUS precisa ser eficiente, efetivo e igualitário
Embora o Brasil seja referência quando falamos de saúde pública no mundo, o Sistema Único de Saúde (SUS), está longe de ser uma política pública luxuosa ou que consiga atender todas as necessidades dos brasileiros. Ela é essencial, mas ainda lhe faltam investimentos para que se torne ideal.
O modo em que se dá a organização, governo e financiamento do SUS podem afetar de forma positiva ou negativa toda a população, afinal, se os recursos chegam até a ponta, é possível garantir bons profissionais, medicamentos e equipamentos, o que possibilita que os pacientes sejam atendidos com dignidade e eficácia, e se essa distribuição/ organização não acontece, temos exatamente o inverso, e consequentemente, uma população doente.
Para o médico sanitarista Diógenes Sandim, para que tenhamos um sistema de saúde público eficiente é necessário que ele atinja a cobertura universal de saúde e seja igualitário, oferecendo serviços de qualidade a todos. “A principal meta é sempre melhorar a saúde da população. Temos que entender quais as nossas reais necessidades e trabalharmos com afinco para que as políticas públicas de saúde atendam toda a nossa população de forma humanizada e igualitária, oferecendo serviço de qualidade a todos, sem extinção ou exceção.”
Letícia do Samu, vereadora de Sarapuí (SP), compartilha da mesma opinião: “São inúmeras as conquistas que o SUS trouxe ao país, no entanto, ele pode ser aprimorado para que haja redução da desigualdade. A disparidade no quesito acesso ao sistema é enorme e traz muitos impactos na qualidade da saúde da população.
Maior sistema de saúde pública do mundo
Com 32 anos de existência e de acordo com o Ministério da Saúde, o SUS é o maior sistema público de saúde do mundo, além de ser o maior patrimônio da população brasileira e o principal aliado da sociedade no enfrentamento à Covid-19 e outras emergências em saúde pública. Mais de 190 milhões de brasileiros fazem uso do SUS, destes, mais de 150 milhões fazem uso exclusivo do sistema.
“Um sistema tão grande e de tanta referência, não poderia permitir que seus usuários esperassem horas para ser atendidos, não poderia ter hospitais sem leitos suficientes, falta de equipamentos, medicamentos e estruturas precárias, não poderia ter filas enormes, de meses, as vezes até anos, para que os pacientes passem por consultas e realizem tratamentos”, pontua Sandim.
“A gestão dos recursos precisa ser melhorada, afinal, estados e municípios possuem grande responsabilidade e são cobrados em relação ao melhor atendimento e prestação de serviços à população, no entanto, não recebem recursos suficientes para isso, o que ocasiona deficiência no sistema”, acrescenta a vereadora de Sarapuí.
Em suma, o que o SUS necessita é de uma boa gestão administrativa, afinal, embora sejam necessários alguns ajustes no sistema, se focarmos mais na prevenção do que na própria doença, os adoecimentos/ enfermidades serão reduzidas, e consequentemente, haverá diminuição nos custos com tratamentos, o que desafogará os gastos do SUS e a população brasileira poderá ser mais saudável.
O Solidariedade acredita no Sistema Único de Saúde e luta para que as políticas públicas que melhorem a saúde da população sejam melhor estruturadas, financiadas e organizadas, afinal, uma população sadia é uma população feliz.