O presidente estadual do Solidariedade MS e vereador de Campo Grande, Papy, participou da visita do Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e da Secretária Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, Rosana Leite, na capital de Mato Grosso do Sul, nesta sexta-feira (16). O estado é referência na vacinação contra Covid-19 no país e o ministro quis conhecer a logística de todo o processo.

O primeiro compromisso foi na Assembleia Legislativa para abertura da 1ª Reunião de Gestores com 79 secretários municipais de Saúde.

Em seguida, foi visitar um dos quatro drive-thru da capital, o Parque Ayrton Senna, mas a cidade ainda conta com três polos de vacinação e 49 unidades de saúde, espalhadas por todas as regiões do município.

“A visita do ministro Queiroga a Mato Grosso do Sul é muito representativa, é claro que a classe política vai a frente, dá as declarações, mas na minha opinião é o reconhecimento de todo o esforço, dedicação e trabalho dos profissionais da saúde do estado que se dedicaram arduamente”, afirmou o vereador Papy. 

Exemplo de Imunização

No drive-thru do Ayrton Senna foi realizada a recepção de “Boas Vindas: Encontro com Residências Médicas de Saúde da Família e Residência Multiprofissional”. Nesse evento, também foi assinado o Termo de Compromisso para estruturação do Centro de Especialidades Odontológicas Tipo II e Termo de Compromisso para o credenciamento de 68 Equipes Saúde Bucal.

De acordo com Vacinômetro, são mais de 670 mil doses aplicadas em Campo Grande, sendo 405.548 como primeira dose – correspondendo a 44,77% da população. Ao todo, 29,23% dos campo-grandenses já estão com a imunização completa, sendo com as duas doses da vacina ou com o imunizante de dose única.

“É mérito da união dos esforços, da união das classes políticas, deixando as diferenças de lado e acreditando na união de todos contra o vírus. É por isso que Mato Grosso do Sul está a frente, é por isso que o ministro está aqui hoje, para entender como aqui está funcionando melhor do que em outros lugares”, afirmou o presidente do partido.

Atenção básica

Marcelo Queiro ainda visitou a Unidade de Saúde Moreninha e a Unidade Escola do Projeto Laboratório de Inovação de Atenção Primária. Segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), em menos de um ano, houve um incremento de 8% na cobertura da Saúde da Família, passando de 56,79% para quase 64%, com atuação de 32 novas equipes.

Outro ponto positivo destacado pela Sesau, foram os NASF (Núcleos de Ampliados de Saúde da Família), que hoje têm uma cobertura de 87,57% em 46 unidades de saúde da capital. Ao todo, são 70 médicos atuando no projeto como residentes em medicina da família e comunidade e outros 121 profissionais de diversas áreas que trabalham em saúde da família.

Ambulatório pós-Covid

O ministro também foi conhecer o ambulatório pós-Covid na APAE (Associação de Pais e Amigos Excepcionais), primeiro do país atendendo 100% pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Com objetivo de atender pessoas que após o tratamento da Covid apresentam queixas respiratórias e motoras tais como fraqueza global e falta de ar para realizar pequenos ou médios esforços, o setor já recebeu 410 pacientes.

O pedido de encaminhamento deve ser feito na Unidade Básica de Saúde, via Sisreg (Sistema de regulação), acompanhado de atestado de liberação para realização de atividade física. Todos os serviços que são feitos pela equipe multidisciplinar, composta por profissionais da área de fisioterapia, educação física, psicologia e nutrição, são realizados integramente pelo SUS.

Hospital referência de MS

Para finalizar, Queiroga visitou o HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), referência há 500 dias no tratamento de pacientes com Covid-19 no estado. Essa instituição era comandada pela Secretária Extraordinária até meados de junho recente, antes de assumir o cargo no governo federal.

Desde o início da pandemia foram notificados 11.608 casos do coronavírus no HRMS, ou seja, uma média diária de 24 novos casos que chegam ao hospital, por demanda espontânea ou por regulação. Do total, 9.841 pacientes foram internados, resultando em uma média mensal de 615 internações.

Em março do ano passado, o Hospital Regional oferecia 39 Leitos de UTIs, mas houve um aumento para 125 leitos críticos, ou seja, 86 novos leitos foram criados para atender a demanda. Além dos leitos, foram contratados mais de 880 funcionários novos para o atendimento ao paciente: enfermeiros, técnicos, médicos e residentes engrossaram o corpo clínico do hospital.

O HRMS tem a menor taxa de letalidade nas UTIs Covid e menor média nacional, tanto para hospitais particulares, quanto para hospitais públicos. Durante a pandemia, o hospital registrou uma taxa de 22,2%, ou seja, a cada 10 pacientes que foram atendidos nas ilhas intensivas, apenas três morreram em decorrência da doença. De acordo com projeto UTIs Brasileiras, da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), os hospitais públicos nacionais tiveram 53,6% de óbitos registrados, enquanto os hospitais privados tiveram uma taxa de letalidade de 30,2%.

Assessoria de Comunicação