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Criptomoedas 08/08/2023

CPI das Pirâmides Financeiras recebe especialistas em criptomoedas

CPI das Pirâmides Financeiras recebe especialistas em criptomoedas
Foto: Bruno Angrisano

Dia de entender melhor como funcionam as Criptomoedas na Comissão Parlamentar de Inquérito das Pirâmides Financeiras. Os parlamentares receberam em audiência pública, presidida pelo deputado do Solidariedade Aureo Ribeiro (RJ), especialistas no tema e em direito. O objetivo da reunião foi compreender o mecanismo do crime de pirâmide financeira baseada nas criptomoedas.

Pirâmides Financeiras

Erik Navarro, juiz federal e professor de direito, explicou que o mecanismo básico do golpe das criptomoedas é muito semelhante ao de outras pirâmides financeiras:

“Eu já vi pirâmide de boi gordo, eu já vi pirâmide de título de capitalização. Dá pra fazer pirâmide de absolutamente tudo. É muito mais o modo de atuar do que a tecnologia.”, argumentou.

Estratégia de Combate

Matheus Puppe, especialista em compliance e direito digital, concordou com Navarro e disse que as pirâmides financeiras no mercado de criptos são explicadas em parte pela regulamentação ainda incipiente sobre esse mercado.

Ele defendeu o combate a essas pirâmides financeiras apoiado em três pilares: regulamentação, repressão e, finalmente, educação. Puppe explicou que os golpistas usam o desconhecimento para atrair vítimas para o esquema de pirâmides:

“Eles usam a tecnologia dos criptoativos como desculpa. Como uma cortina de fumaça. A tecnologia não é empregada nesses golpes. Não duvido nada que daqui a pouco vão usar a desculpa da inteligência artificial para criar outros golpes. Porque eles usam o desconhecimento e esse desconhecimento gera riscos. Por isso a educação é fundamental.”, defendeu.

Erik Navarro apoiou o especialista sobre a importância de educar as pessoas sobre os criptoativos:

“A educação esclarece as pessoas e assim diminui a demanda desinformada pelo tema. Isso acaba com o interesse do criminoso naquele tipo de golpe.”

Esforço pelo Reconhecimento

O presidente da Associação Brasileira de Criptoativos, Bernardo Srur, explicou que a Associação tem o objetivo de desenvolver o setor de forma saudável e proteger os interesses do usuário final e da comunidade:

“A ABCripto trabalha em função da segurança dos investidores e da transparência das operações, coibindo o mau uso do mercado.”

Bernardo também reforçou o papel fundamental da educação e informação sobre as criptomoedas para combater os crimes e golpes no setor:

“Trabalhamos para disseminar a cultura dessa nova economia. Queremos propagar o conhecimento sobre novas tecnologias financeiras com foco em finanças descentralizadas, blockchain e outras aplicações relativas à criptoeconomia e, assim, fomentar um ambiente seguro e propício à inovação”

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Bruno Angrisano / Solidariedade na Câmara