O deputado do Solidariedade Zé Silva (MG) participou da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas 2023 (COP 28), realizada na cidade de Dubai, nos Emirados Arábes, entre os dias 8 e 12 de dezembro. De volta ao Brasil, ele avaliou o relatório e os acordos alcançados durante a conferência.

Zé Silva participa ativamente das conferências desde 2015, e afirmou que o tempo de envolvimento permitiu a ele ver que os avanços na defesa do meio ambiente não são imediatos, e sim percebidos ao longo dos anos:

“Quem não acompanhou até agora pode até achar que nós avançamos pouco. Mas pra mim, que acompanho cada passo de negociação, cada passo até a partir da perspectiva de que as mudanças climáticas só aconteceriam no futuro, e hoje estamos vivendo esse futuro. E essa é uma COP de muito progresso. É a terceira vez que acontece num país altamente produtor de petróleo. Então a nossa expectativa é que nós não avançássemos, que nós não tivéssemos progresso, e nós tivemos.”, avaliou.

Fontes de energia renováveis

Para o parlamentar mineiro, um avanço notável foi o compromisso firmado de transição de combustíveis fósseis para matrizes renováveis e com pegada de carbono menor:

“Nunca tinha tido, na história dessas conferências mundiais do clima, um compromisso dos países produtores de petróleo, de gás, de carvão mineral, que são os combustíveis fósseis. Eles são responsáveis de 70 a 75% dessas emissões de gases de efeito estufa. Saiu de lá a grande expectativa, o compromisso de até 2050 fazer uma transição para a partir de 2050 não utilizar mais esses combustíveis, que anda de mãos dadas com outro compromisso, e olha que são 200 países que participaram, o compromisso de triplicar a utilização de energias renováveis. Energia solar, eólica, as hidrelétricas né. Combustíveis renováveis. E aí você coloca aí, do lado, uma anotação aí, as potencialidades e oportunidades para o Brasil.”, explicou o parlamentar.

Brasil em Destaque

Mas Zé Silva apontou que o destaque da reunião foi a mudança de postura do Brasil:

“É comum, e ainda aconteceu, assim, de maneira bem leve, o Brasil ir para lá discutir o Brasil. Eu sempre fiz um debate, uma defesa: a Conferência Mundial do Clima é momento de nós discutirmos as relações internacionais. E isso aconteceu na COP 28. O Brasil chegou dizendo o seguinte: olha, nós sabemos que nós somos um gigante na produção de alimentos, somos um gigante na sustentabilidade, precisamos de ajuda. Vocês, que ficaram ricos, como eu disse, esses países, Rússia, União Soviética, Estados Unidos, e Europa, usando as riquezas naturais, vocês agora precisam compensar o que vocês estão fazendo com o mundo. “

COP da Amazônia

O deputado lembrou que a COP 30 ocorrerá no Brasil, em Belém do Pará, o que significa oportunidade de negócios para iniciativas sustentáveis nacionais:

“Então o Brasil traz para o mundo uma grande expectativa que, na COP do Brasil, depois de três vezes acontecendo em países petrolíferos, vá acontecer na Amazônia. Aí é para cuidar do bioma cerrado, da Amazônia, e o Brasil garantir efetivamente que aqui seja dada a virada da chave do pacto que não precisa de assinatura, que é o pacto pela vida, de produzir alimentos e riquezas e, ao mesmo tempo, preservar o meio ambiente.”, finalizou.

A COP 30 vai acontecer de 10 a 21 de Novembro de 2025.

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Bruno Angrisano com colaboração da assessoria do deputado Zé Silva / atualizado em 15/12/2023