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Palavra do presidente 11/10/2021

Trabalhador aguarda há dois anos julgamento para correção do FGTS

Trabalhador aguarda há dois anos julgamento para correção do FGTS
Solidariedade entrou com ação para questionar índice que corrige FGTS. Foto: Agência Brasil.

A Folha de São Paulo divulgou hoje matéria sobre a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) movida pelo Solidariedade para que o trabalhador possa ter o FGTS corrigido por algum índice de inflação. Hoje, o FGTS é corrigido pela TR (taxa referencial), que está zerada desde 2017.

A ação já entrou e saiu de pauta algumas vezes desde 2014 e, agora, o ministro da corte Luis Fux indicou que o Supremo deve aguardar a deliberação do Parlamento nos próximos meses para que a data do julgamento seja remarcada. 

A TR foi criada nos anos 1990 e tinha como objetivo desindexar a economia. Essa taxa é inconstitucional pois corrói o patrimônio dos trabalhadores ao não repor as perdas inflacionárias.

Um estudo do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontou defasagem de 48,3% dos saldos do FGTS entre 1999 a 2013. O deputado federal (SP) e presidente nacional do Solidariedade, Paulinho da Força, disse em entrevista à Folha que existe a necessidade urgente de um novo índice que acompanhe a inflação. “Nunca houve tanta gente roubada por tanto tempo. E o maior assalto do mundo”, defende.

Em maio, a ação deveria ter sido julgada pelo Supremo, o que não ocorreu. Por conta disso, o deputado foi ao Supremo acompanhado do presidente da Força Sindical, Miguel Torres, e do presidente da CUT, Sérgio Nobre. Em reunião com Barroso, tiveram a resposta que a pauta retornaria a agenda no segundo semestre deste ano, o que não ocorreu até agora. 

Paulinho da Força voltou a procurar Barroso neste mês, e disse à Folha que, embora acredite que o país não tenha dinheiro para arcar com o processo, uma negociação poderia ser realizada com o governo, como ocorreu com as perdas do plano Collor. A sugestão de Barroso foi a de procurar o presidente do STF, Luiz Fux, que tem a prerrogativa de definir a pauta de julgamento. Outra sugestão foi a de conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, mas no entendimento do deputado, sem a decisão do Supremo seria impossível qualquer negociação com o governo.

Confira a matéria na íntegra

https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2021/10/processo-sobre-correcao-do-fgts-espera-julgamento-no-supremo-ha-dois-anos.shtml