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Mulheres 11/02/2022

Inclusão feminina no mercado de trabalho

Inclusão feminina no mercado de trabalho
Foto: iStock

O direito ao trabalho feminino é histórico, reconhecendo a individualidade da mulher e a sua luta por espaços e direitos igualitários.

No Brasil, somente com a primeira Constituição Federal, foram criados direitos específicos para as mulheres, inclusive no mercado de trabalho. Direitos como a determinação de igualdade entre homens e mulheres, ampliação dos direitos civis, sociais e econômicos das mulheres, a igualdade de direitos e deveres na sociedade conjugal, a definição do princípio da não discriminação por sexo e a proibição da discriminação da mulher no mercado de trabalho.

Mesmo com a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas), que prevêem os direitos igualitários de gênero no mercado de trabalho, as mulheres ainda se encontram em uma situação de vulnerabilidade e desvalorização. Vale lembrar que a discriminação da mulher se acentua quando elas se situam em mais de um grupo minoritário, como é o caso das mulheres negras, de baixa renda e/ou de demais orientações sexuais.

Segundo dados, 76% das mulheres já passaram por violência ou assédio no ambiente corporativo e 22% das mulheres ainda recebem menos que os homens nas mesmas funções. “Há desigualdade de gênero ainda em todos os lugares”, argumentou Loreny Caetano, secretária nacional do Solidariedade.

Estes dados colocaram o Brasil no 92º lugar dentre pior país em relação à igualdade salarial no Worls Economic Forum (Fórum Econômico Mundial), de 2020.

A secretária nacional da mulher acrescenta que “de acordo com os dados de gênero na ciência no Brasil, o desafio maior está na ocupação dos espaços e na carreira, porque já houve crescimento importante em números como de estudantes de doutorado no país que atualmente 54% são mulheres.”

E essa falta de representatividade feminina não termina no mercado de trabalho, já que somente 15% do Congresso Nacional é composto por mulheres, mesmo com as leis de cotas femininas nas candidaturas dos partidos políticos, que devem compor 30% de suas candidaturas.

Mulheres na ciência

Para Samanta Costa, presidente da Fundação 1º de Maio, as mulheres podem ocupar qualquer espaço: “Na ciência não é diferente, podemos observar o exemplo da Katalin Karikó, cientista da Universidade da Pensilvânia, que desenvolveu a tecnologia que está sendo utilizada nas vacinas da Pfizer, contra a Covid-19 em todo o mundo. Mulheres como ela, nos permitem enxergar um mundo com mais representatividade e esperança para todas as mulheres.”

Está cientistas revolucionou o mercado de vacinas, criando um novo jeito de imunizar, com maior eficiência.

Seu progresso foi tão reconhecido que, meses depois do inicio da vacinação e controle do coronavírus, em um campeonato de tênis no Reino Unido, que era assistido pelos cientistas, teve um grande aplauso de pé da plateia em reconhecimento ao seu trabalho.

Samanta ainda deseja que as meninas e mulheres da ciência possam usufruir das oportunidades que milhares de mulheres estão criando atualmente, ocupando todas as posições no mercado de trabalho de forma igualitária, sem que suas decisões não sejam questionadas pelo fato de serem mulheres.

A mulher é importante em todos os lugares, na ciência não é diferente. Em tudo precisamos de diversidade de opiniões e pontos de vista e experiências para melhorar, para desenvolver, e as mulheres definitivamente contribuem em todos os espaços que ocupam, pontua Loreny.

“É reproduzido desde a infância na escola de que os meninos são bons em matemática e as meninas em português, isso é o machismo estrutural que limita a atratividade das áreas da ciência para as mulheres, dizendo para as crianças que na ciência não é o lugar das meninas. Por falta de apoio e de referências, isso atrapalha a presença de mulheres nas áreas da ciência.” Comentou a presidente do Solidariedade em Divinópolis/MG, Laiz Soares.

Precisamos de mais mulheres na ciência, e o incentivo ao ingresso em universidades do segmento devem ser feitos para todas as mulheres e meninas. O Solidariedade apoia e incentiva a inclusão de mulheres, com iniciativas como o Elas Podem + no Mercado de Trabalho, curso de capacitação de mulheres para o mundo corporativo, para que só assim possamos alcançar a equidade de gênero no Brasil.