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Drogas: uma questão de saúde pública
Segundo relatório mundial sobre Drogas divulgado em junho/21 pelo escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, em 2020, cerca de 275 milhões de pessoas usaram drogas em todo o mundo, e mais de 36 milhões de pessoas sofreram de transtornos devido ao ato.
Para o secretário de Atenção à Drogadição do Solidariedade no Rio Grande do Sul, Gerson Paulo de Moura, as drogas são de fato um problema de cunho social e de saúde pública que impactam diretamente em nosso dia-a-dia e deixam sequelas inesgotáveis e destrutivas em toda a sociedade. “Precisamos investir na formação de nossos jovens e incentivar a educação artística, esportiva e cultural, pois se dermos esses aparatos a nossa juventude, é possível que elas não encontrem tempo hábil para se envolverem com as drogas e com isso, diminuímos consideravelmente o percentual de jovens usuários. Sem contar que com essa diminuição, também iremos minimizar a criminalidade, a exclusão, o isolamento social e as mortes oriundas do tráfico, que também ocasionam em roubos, assassinatos, violência familiar e, consequentemente, a lotação dos presídios e tantos outros problemas relacionados ao uso dessas substâncias”, afirma Gerson de Moura.
Na tarefa da prevenção, família e escola precisam andar de mãos dadas, estimulando hábitos de vida saudáveis e proporcionando o conhecimento sobre os efeitos nocivos das drogas. “Quando estive vereador da cidade de Horizontina, nos anos de 2013 e 2014, com o auxílio da Polícia Civil, realizamos muitas palestras nas escolas do munícipio com intuito de prevenir o uso de álcool, cigarros e drogas, e isso trouxe um bom resultado para os nossos jovens. A conversa franca deve ser primordial”, salienta Gerson.
Já a drª Zila Sanches, especialista em prevenção ao uso de drogas, diz que os cuidados devem ser redobrados ao abordarmos o tema com jovens. “Uma palestra isolada sobre drogas pode aumentar a curiosidade e estimular o consumo ao invés de diminuí-lo. Por isso se faz necessária ações de prevenção multicomponentes e a longo prazo”, pontua.
Estima-se que 5,5% da população global com idade entre 15 e 64 anos fizeram uso de substâncias ilícitas em 2020, e para que esse percentual não cresça ainda mais, é preciso fortalecer a base de evidências, aumentando a conscientização pública e possibilitando que as tomadas de decisões sejam melhor direcionadas. “Precisamos investir na formação do caráter das pessoas, lhe dando chances de conhecer o real sentido da vida e abrindo leques para novos caminhos. Com uma boa conversa, ajuda médica, investimentos em educação e muita fé em Deus, é possível nos afastarmos e vencermos o mal que as drogas causam em nossa sociedade”, finaliza o secretário de Atenção à Drogadição.