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Desigualdade Social 14/12/2021

Políticas sociais pontuais não combatem à pobreza

Paulinho da Força
Paulinho da Força
Deputado federal (SP) e vice-presidente nacional do Solidariedade
Políticas sociais pontuais não combatem à pobreza
Foto: iStock

Todos os dias mais brasileiros entram na extrema pobreza. Atualmente, quase 20 milhões voltaram a essa situação. O alto índice de desemprego colabora para o empobrecimento de um país que já há alguns anos está com a economia fragilizada. 

Para piorar, ainda surge a pandemia do coronavírus, nocauteando os mais pobres, que têm a fome como o resultado mais cruel de tudo isso que vivemos. 

Acabar com a pobreza não é fácil. Isso já sabemos. Entretanto, ter vontade política é o primeiro passo para o desenvolvimento econômico do maior país da América Latina. A economia brasileira só será fortalecida quando reduzirmos as desigualdades sociais e econômicas. 

Entre as políticas públicas que favoreceriam o combate à pobreza são aquelas voltadas à geração de emprego e renda. Com o número de desempregados que temos, é impossível melhorar a vida dos brasileiros. 

Cansamos de ver mães, avós, pais e crianças na fila do osso, em busca de doações de cesta básica ou de um prato de comida. Cansamos de ver brasileiros irem morar nas ruas com suas famílias por não terem condições de pagar aluguel. 

É triste! Todos os dias recebo mensagens de pessoas que querem apenas alimentos para sustentar os seus filhos. Foi para ajudar essas pessoas que votei favorável ao Auxílio Brasil, que substitui o Bolsa Família; votei favorável ao auxílio gás e ao auxílio emergencial. Também ajudei a aprovar a Lei de Proteção ao Emprego e estou na luta para que o 14º salário dos aposentados e pensionistas se torne uma realidade. 

As ações que aprovamos no Congresso Nacional são importantes, porém sozinhas não resolvem. O governo federal precisa reagir. É necessário criar programas de geração de empregos. Incentivar e impulsionar setores como a construção civil é importantíssimo para dinamizar empregos diretos e indiretos; apoiar micro e pequenas empresas. Esses são um dos setores que mais empregam no país e devem receber atenção especial. 

Outra ação importante para reduzir a pobreza e a miséria é investir em escola de tempo integral para oferecer uma educação de qualidade e garantir uma alimentação rica em nutrientes às nossas crianças e adolescentes. As unidades de ensino público poderiam se tornar centros profissionalizantes e, junto com a iniciativa privada, os jovens poderiam ter a chance de entrar no mercado de trabalho com mais facilidade. 

Com emprego e uma educação de qualidade, a nossa juventude teria o futuro garantido e quebraria o ciclo de pobreza que atormenta o país há muitos anos.