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Corte na verba das universidades federais coloca em risco educação
Em 27 de maio, o governo anunciou corte de 14,5% da verba destinada às universidades federais, mas no último dia 3 de junho, o ministro da Educação, Victor Godoy, disse que a redução será de 7,2%, ou seja, R$ 1,6 bilhões que estavam bloqueados serão liberados.
Segundo informações divulgadas pelo governo, o corte no Orçamento de 2022, seria para atender ao teto de gastos de todos os órgãos e ministérios, o que reduziria investimentos e despesas, como o pagamento de bolsas e auxílio estudantil, contas de água e telefone, contratos de segurança e manutenção.
Conforme dados do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), que avalia o desempenho escolar por todo o mundo, o Brasil ficou na 58º posição entre os 79 países que participaram da pesquisa, reflexo da má distribuição e aplicação dos recursos, e não será diferente essa vez, pois parte dos recursos cortados do orçamento de institutos e universidades federais serão remanejados para outros órgãos, sinaliza a secretária de Educação e Cultura do Solidariedade em Porto Alegre (RS),Carlla Slongo.
O corte feito pelo MEC (Ministério da Educação), preocupa as instituições, reitores, professores e estudantes, pois a diminuição pode significar o não cumprimento de pagamentos e compromissos deste ano, bem como um menor número de bolsas ofertadas e custos com manutenção das universidades.
“Um verdadeiro absurdo o que estamos vivendo no atual governo. O corte na verba das instituições de ensino universitárias, impacta no desempenho acadêmico e consequentemente no mercado de trabalho”, afirma Slongo.
A Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), diz que na prática, a redução inviabiliza a permanência dos estudantes socioeconomicamente vulneráveis, o próprio funcionamento das instituições federais de ensino e a possibilidade de fechar as contas no azul este ano.
Desde 2014, as instituições de ensino têm sofrido sucessivos cortes e bloqueios orçamentares, inclusive o valor aprovado para este ano para as despesas de manutenção, investimentos e bolsas estudantis foi de R$ 5 bilhões, quando na verdade deveria ser R$ 7,2 bilhões, já que a educação é o patamar mínimo para que o Brasil evolua e saia do caos.
Os sucessivos cortes realizados pelo governo vão na contramão dos projetos para que o país evolua e invista cada vez mais em educação, no desenvolvimento social e nas universidades, por isso o Solidariedade luta para que a garantia dos recursos orçamentários e financeiros na esfera federal sejam cumpridos e expandidos e não recuados ou minimizados. “Quanto mais acesso ao ensino, maior o sucesso e crescimento do país. Não há prosperidade sem ensino de qualidade”, finaliza Slongo.
Solidariedade nacional