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1º de dezembro: uma data de prevenção e luta contra o preconceito
Transformar o dia 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta contra a Aids é um ato de amor. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/AIDS.
Se tem uma lição que tivemos com o coronavírus é que doenças não ligam para cor, classe social, religião, com quem você se relaciona, qual o seu gênero ou qual a idade que você tem. O vírus da AIDS é um companheiro antigo da nossa sociedade e, mesmo assim, aprendemos pouco com ele. Da mesma forma que a COVID-19, ele não presta atenção aos detalhes, mas no caso do HIV existem formas de proteção e tratamentos que melhoram a vida dos infectados.
Infelizmente, em pleno século XXI, a transmissão do HIV ainda está vinculada a pessoas LGBTQIA+, enquanto muitos acreditam nesta antiga lenda urbana, os idosos, segundo o Boletim Epidemiológico sobre HIV/AIDS de 2020, estão entre os mais infectados. O levantamento mostrou um aumento de 354,25% de novos casos. Não existe um motivo claro para esse fenômeno, mas é importante ressaltar que pouco se fala em educação sexual para pessoas maiores de 60 anos e que, muitas vezes, o foco é apenas em um nicho da sociedade.
É essencial despertar a necessidade da prevenção, promover o entendimento sobre a doença e incentivar a análise sobre a AIDS pela sociedade e órgãos públicos. O cenário imposto pela COVID-19 evidenciou uma queda na adesão ao tratamento contra o HIV durante a pandemia, quando muita gente deixou de fazer os exames de controle ou adiou a retirada das medicações.
É preciso encorajar a retomada do autocuidado, reforçar o papel do controle adequado do HIV e mobilizar a rede de apoio em torno das pessoas que convivem com o vírus. Homens e mulheres de diferentes idades e orientações sexuais, com ou sem HIV. Profissionais que acompanham os pacientes. Pessoas que já viveram, em casa, a dor de perder alguém para esse vírus. Juntos, podemos fazer um país mais presente contra a AIDS!
A desconstrução do preconceito sobre as pessoas vivendo com HIV/AIDS e a conscientização de todos sobre comportamentos seguros de prevenção é fundamental para se alcançar resultados. O preconceito mata mais que a prevenção. Doe amor!