Segundo dados divulgados nesta quinta-feira (19) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2018, 41% da população brasileira viviam sem ter a certeza de levar para casa a alimentação em quantidade e qualidade suficientes. 

A POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares) apontou que, mesmo antes da pandemia, cada pessoa da família gastava em média R$ 209 por mês com comida. Todavia, o estudo indica que o valor por pessoa teria que ser de R$ 348, diferença de 66,7%. 

Além disso, a pesquisa do IBGE, mostrou que, quase metade da população (46,2%) vivia em 2018 em uma família que tinha alguma conta em atraso, principalmente as despesas de água, luz ou gás (37,5%). 

Realidade antes da pandemia 

Essa pesquisa é realizada a cada cinco anos. Assim, esses dados de 2018, refletem a situação que o Brasil entrou na pandemia. “Só para ter um dado de comparação, nós estávamos na época da POF com uma taxa média de desemprego de 12%. Hoje, estamos com o desemprego em torno de 14,5%”. Disse o economista, Ricardo Henriques. 

“A precarização associada à fome e à insegurança alimentar solicita esse título de urgência, para nos darmos conta do alívio imediato da pobreza. Nós precisamos de um bolsa família mais atualizado em termos de valor da transferência de renda e de qualidade de pessoas beneficiadas, mas, ao mesmo tempo, precisamos que esse bolsa família esteja integrado com outras políticas. Políticas de assistência social, políticas de saúde, políticas de prevenção da situação de desemprego”, afirmou o economista. 

Com informações do G1