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Zé Silva propõe vacinação domiciliar para crianças autistas
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta muitos desafios para quem tem esse diagnóstico. A interação social simples já é difícil. E as dificuldades aumentam muito quando uma criança autista é exposta a uma situação complicada para a maioria das crianças: a hora de tomar vacina.
A hipersensibilidade sensorial e a dificuldade em se ambientar a lugares novos se somam ao medo frequente de vacinas e outros medicamentos injetáveis. O “medo de agulha”, para uma criança com TEA, pode rapidamente deteriorar para um quadro agudo de sofrimento físico e psicológico.
Solução racional
Sensível a essa necessidade específica das crianças com TEA, o deputado do Solidariedade Zé Silva (MG) apresentou o PL 3870/2025, que assegura à criança autista a aplicação domiciliar pelo Sistema Único de Saúde de vacinas e outros imunobiológicos previstos no Programa Nacional de Imunizações. Para que haja uma logística de aplicação que evite o desperdício de doses, a vacinação domiciliar deve ter um agendamento prévio, como explica o autor:
“Com o devido agendamento e avaliação técnica, é possível preparar adequadamente o material, garantir a preservação da cadeia de frio necessária para a conservação das vacinas, evitar desperdícios de doses e otimizar a logística das visitas domiciliares dos profissionais de enfermagem.”
Zé Silva defende que o projeto visa ampliar o acesso a serviços de saúde sem representar ônus excessivo ao poder público:
“A proposta estende o alcance do Programa Nacional de Imunizações especialmente entre grupos que, por suas características, enfrentam maiores dificuldades para comparecer aos pontos de vacinação.”
A proposta está pronta para análise na Câmara dos Deputados.
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Bruno Angrisano / Solidariedade na Câmara