Quem já esteve no trânsito atrás de um caminhão de coleta de lixo sabe: o cheiro proveniente do lixo recolhido é muito forte e ruim. Tanto que, em muitas cidades brasileiras, esses veículos são jocosamente apelidados de “Cheirosos”.
Mas, muito pior que o incômodo causado aos motoristas que eventualmente cruzam com esses caminhões, é a situação dos funcionários das empresas de saneamento e limpeza urbana que fazem a coleta desse lixo. Esses trabalhadores têm que lidar diariamente com os odores emanados pelos resíduos coletados, pelo menos muito desagradáveis e, em grande parte das vezes, insalubres.

Cuidando de quem cuida da cidade

O deputado do Solidariedade Aureo Ribeiro (RJ), preocupado tanto com a qualidade de vida da população quanto com a saúde dos trabalhadores de Saneamento e Limpeza Urbana, apresentou o PL 2442/2025, que estabelece a adoção de medidas de controle de odores nos caminhões de coleta de lixo, como por exemplo uma vedação mais eficiente dos compartimentos de carga dos caminhões, uma manutenção adequada das frotas e o uso de tecnologias neutralizadoras de odores.

Além disso, a proposta determina que os Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos estabelecerão metas e padrões a serem alcançados no combate ao odor excessivo emanado pelos caminhões de coleta de lixo. O PL 2442/2025 modifica o Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

Mais qualidade de vida

Aureo acredita que essa proposta traz mais qualidade de vida para a população e especialmente para os trabalhadores diretamente envolvidos na coleta de resíduos sólidos:

“O mau cheiro emanado pelos caminhões de coleta de lixo pode influenciar a percepção sobre a salubridade dos serviços de limpeza e o bem-estar nas comunidades, especialmente em áreas com maior densidade populacional. A adoção de práticas voltadas ao controle de odores pode contribuir para a modernização e qualificação dos serviços de limpeza urbana, aprimorando o Plano Nacional de Resíduos Sólidos e entregando uma maior eficiência e uma melhoria contínua na prestação de serviços públicos.”

A proposta está pronta para análise na Câmara dos Deputados.

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Bruno Angrisano / Solidariedade na Câmara