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08/05/2025

No Dia da Mineração, presidente da FPMin defende protagonismo de Minas Gerais em nova política para minerais estratégicos

Alexandre Pereira
Alexandre Pereira
Presidente estadual do Solidariedade (SP)
No Dia da Mineração, presidente da FPMin defende protagonismo de Minas Gerais em nova política para minerais estratégicos
Foto: Toninho Barbosa

Deputado Zé Silva quer aprovar projeto antes da COP30 para garantir protagonismo do Brasil na transição energética e fortalecer soberania nacional

Neste 7 de maio, Dia da Mineração, o deputado federal Zé Silva (Solidariedade-MG) usou a tribuna da Câmara dos Deputados para reforçar o papel de Minas Gerais e defender a aprovação do Projeto de Lei (PL2780/24), que cria a Política Nacional de Minerais Críticos e Estratégicos (PNMCE). A proposta visa consolidar o protagonismo do Brasil na transição energética global e ampliar a soberania nacional em setores estratégicos da economia.

Presidente da Frente Parlamentar da Mineração Sustentável (FPMin), Zé Silva destacou que o texto foi construído com base em estudos técnicos do Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, considerado a “Embrapa da mineração”. Um dos pontos centrais do projeto é a criação do Comitê de Minerais Críticos e Estratégicos (CMCE), que será vinculado ao Conselho Nacional de Política Mineral e terá a missão de revisar, a cada dois anos, a lista de minerais essenciais ao desenvolvimento do país.

“Minas Gerais já é referência em mineração. Com essa política, queremos consolidar nosso papel como líder também na nova economia verde, com geração de empregos e desenvolvimento para o nosso povo”, afirmou Zé Silva. Ele também destacou a importância do papel da mineração no fornecimento de insumos estratégicos, como lítio, cobre, grafite, silício e terras raras — fundamentais para a produção de baterias, células fotovoltaicas e fertilizantes.

Nesse sentido, Zé Silva reforçou ainda a urgência da aprovação da proposta antes da COP30, a Conferência do Clima da ONU, que será realizada em Belém (PA), em 2025. “Trata-se de uma política de Estado, estável e apartidária, que garantirá ao Brasil uma matriz energética mais limpa, sustentável e inclusiva”, defendeu.

O projeto também prevê ações para modernizar o licenciamento ambiental, revisar políticas públicas do setor mineral e integrar a mineração à política industrial brasileira. Para o deputado, é fundamental fortalecer a sinergia entre mineração e agropecuária, setores que sustentam a competitividade do Brasil no cenário internacional.

“Reduzir a dependência externa de fertilizantes e garantir segurança diante de crises geopolíticas e climáticas é uma questão de soberania”, completou.

Mineração em Minas Gerais
Minas Gerais é líder nacional na produção mineral brasileira. Segundo dados do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), o estado respondeu por cerca de 27% de toda a produção mineral do país em 2023, com destaque para minério de ferro, ouro, nióbio e lítio. O setor mineral é responsável por aproximadamente 200 mil empregos diretos e indiretos em Minas e representou, no último ano, mais de R$ 100 bilhões em faturamento no estado, além de gerar quase R$ 6 bilhões em Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) — os royalties da mineração.

“Se não fosse pela mineração, talvez nem fôssemos chamados de Minas Gerais”, disse Zé Silva. “É uma atividade que moldou nossa história, nossa economia e nossa identidade, e que precisa estar conectada com os desafios do século 21.”

Tramitação
A expectativa é de que o projeto avance nas próximas semanas na Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara. Para Zé Silva, essa é uma oportunidade histórica para Minas liderar uma agenda de futuro, que alia inovação, soberania e sustentabilidade.

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