O Alzheimer é uma doença degenerativa trágica que vai progressivamente deteriorando o sistema nervoso, inicialmente minando a capacidade cognitiva e a memória de quem sofre com ela, até o ponto em que o sistema nervoso entra em colapso total e deixa de controlar o corpo, resultando a morte.

Uma das maiores causas de sofrimento e aflição tanto para quem tem a doença quanto para sua família é quando a memória e a capacidade cognitiva vão progressivamente falhando. É uma etapa longa da doença, em que as dificuldades até para realizar tarefas simples se acumulam. Uma delas é a frequência cada vez maior com que a pessoa, com uma crescente confusão mental, se perde ao sair na rua, ou sente muita dificuldade de voltar para casa.

Por si só, esse tipo de situação já pode acarretar muitas consequências trágicas. Pensando em como lidar com esse momento de dificuldade, o deputado do Solidariedade Aureo Ribeiro (RJ) propôs o Projeto de Lei 176/2024, que cria o Cadastro Nacional de Pessoas com Doença de Alzheimer e outras doenças demenciais.

Mostrando o caminho

A ideia do projeto é facilitar a identificação e localização de pessoas com doenças neurologicamente degenerativas que estejam perdidas, criando um banco de dados nacional para receber informações sobre elas. Com essa providência, os serviços de segurança pública conseguem encontrar, rapidamente, o endereço da pessoa e devolvê-la, em segurança, ao seu lar. Além disso, o Cadastro facilita a aproximação de pessoas que possuem uma doença degenerativa a pesquisas científicas que estejam desenvolvendo novos tratamentos para sua doença.

O parlamentar explicou como surgiu a ideia do projeto: “A proposta teve origem em uma conversa com meu filho Gabriel, de 13 anos. A ideia de criar um banco de dados nacional com as informações das pessoas que têm Alzheimer é simples e direta, e colabora para que se consiga levar essas pessoas de volta para suas famílias,” detalhou o deputado.

A proposta está em análise pelas Comissões da Câmara.

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Bruno Angrisano / Solidariedade na Câmara