Na próxima sexta-feira (23), ocorrerá a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio. Entretanto, algumas modalidades já tiveram início hoje. A seleção brasileira feminina estreou com vitória de 5 x 0 sobre a China.

Porém, nem tudo é “festa” nos Jogos Olímpicos. As manifestações políticas no pódio, como erguer o braço com o punho serrado e o uso de qualquer manifestação política, foram proibidas pelo COI (Comitê Olímpico Internacional).

Vale lembrar que, o comitê olímpico dos EUA informou que vai apoiar os atletas que se manifestarem, e a seleção feminina de futebol da Grã-Bretanha disse que as atletas vão se ajoelhar antes das partidas.

Sendo assim, a decisão do COI vai contra ao que muitas federações e ligas estão fazendo e apoiando ao redor do mundo. Os Jogos são feitos de momentos de festa, disputa e confraternização, mas deveriam ser, antes de mais nada, espaços de lutas humanitárias, conforme coluna de Marcelo Carvalho para a Folha de S. Paulo, em comentário sobre a matéria “Ativismo cresce no esporte e vira desafio às regras olímpicas” publicada hoje no jornal.

O Solidariedade defende que o esporte seja uma forma de inclusão e transformação social, que fortalece vínculos comunitários e auxilia na saúde mental e física. Por isso, o esporte não pode ser negligenciado pelo Estado.

Dar espaço às manifestações políticas num evento de proporção mundial é dar voz aos que se sentem excluídos. Repudiamos toda forma de censura e defendemos que o esporte seja também um local para manifestação política e um espaço para causas humanitárias.