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alimentação 25/11/2025

Aureo propõe a proibição de destaque de valores proteicos em embalagens de alimentos ultraprocessados

Aureo propõe a proibição de destaque de valores proteicos em embalagens de alimentos ultraprocessados
Foto: Pedro Francisco

A preocupação com uma alimentação saudável ganhou força na última década com a popularização do aconselhamento nutricional. Isso acabou trazendo à tona problemas e deficiências nutricionais comuns à população brasileira, como a alimentação com tendência ao excesso de carboidratos e falta de micronutrientes e proteínas. O Conselho Federal de Nutrição argumenta que essa tendência tem a ver com o fato de parte da população brasileira ter menos condições financeiras de se alimentar com qualidade.

As fabricantes de gêneros alimentícios processados e ultraprocessados, atentas a essa tendência de demanda, apostaram na promoção de altos índices de proteína nas embalagens de seus produtos, especialmente dos alimentos ultraprocessados.

O que são alimentos ultraprocessados?

Você pode não reconhecer o termo, mas com certeza já comeu um alimento ultraprocessado. Refrigerantes, salgadinhos de pacote, biscoitos recheados, macarrão instantâneo, refeições congeladas e até o chocolate moderno são alguns exemplos. Um alimento ultraprocessado é caracterizado por uma produção industrial que não pode ser replicada em casa. E, claro, eles são cheios de ingredientes artificiais como aromatizantes, gorduras e açúcares para se tornarem deliciosos e irresistíveis. Isso quando não são adicionados também químocos conservantes para aumentar sua durabilidade.

Propaganda enganosa

Historicamente, nossas mães e avós nos ensinaram que comer ultraprocessados em excesso não faz bem. Um bombom no fim de semana não vai fazer mal, mas comer uma caixa de chocolate todo dia pode trazer inúmeros problemas para a saúde.

O problema é quando as embalagens dos alimentos ultraprocessados tentam promover uma imagem de alimentos saudáveis a esses produtos. E o anúncio de altos índices proteicos em várias dessas embalagens tem sido a última tentativa de divulgar esses produtos como benéficos para a saúde.

O que essas embalagens não destacam é a quantidade de elementos químicos potencialmente danosos para a saúde que também foram usados na produção desses ultraprocessados. E, dessa forma, uma pessoa pode causar danos à própria saúde enquanto acredita que está consumindo algo benéfico para seu organismo.

Atenção redobrada

O deputado do Solidariedade Aureo Ribeiro (RJ) apresentou o Projeto de Lei 4004/2025 para combater esse tipo de propaganda enganosa. A proposta de Aureo proíbe a indicação destacada de quantidade de proteínas, ou qualquer alegação de alto teor proteico, em embalagens de alimentos definidos como ultraprocessados.

Aureo lembra que o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados é cientificamente comprovado como danoso à saúde, e por isso sua promoção não deve ser estimulada:

“O consumo de alimentos ultraprocessados está relacionado com a incidência de obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares, depressão e câncer de mama e, ainda, com o risco de morrer precocemente por qualquer causa. As alegações de proteína nas embalagens desses alimentos não chegam a ser danosas, no entanto dão aos produtos um ar de saudabilidade que não é verdadeiro.”

O PL 4004/2025 está em análise na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados.