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Defesa e Proteção Animal 21/05/2024

Sobre a situação dos animais após a tragédia do Rio Grande do Sul

Sandoval Fernandes da Silva
Sandoval Fernandes da Silva
Secretário de Defesa e Proteção dos Animais
Sobre a situação dos animais após a tragédia do Rio Grande do Sul
Crédito: Grupo Amor em Patas

A elevação dos rios por conta das chuvas no Rio Grande do Sul acarretou numa grave tragédia ambiental que deixou milhares de desabrigados e centenas de desaparecidos e mortos nas últimas semanas.

Além dos civis, diversos animais também sofreram com as consequências da tragédia. Segundo a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema) do RS, foram resgatados 12.358 animais até o dia 21, entre eles, cães, gatos, aves, guaxinins, cavalos, vacas e outras espécies domésticas.

O número de animais resgatados choca, mas, mais preocupante do que isso é o fato de que não podemos mensurar a quantidade de bichos que ainda não foram encontrados, se estão desparecidos ou se continuam vivos.

Com o volume da água ainda alto, diversos profissionais e civis começaram a se mobilizar para resgatar os animais de estimação de diversas pessoas, que tem os bichinhos como parte de sua família. O Governo Federal também se mobilizou para auxiliar na busca e na recuperação desses animais, como foi o caso do cavalo Caramelo, que sensibilizou a todos os brasileiros e foi noticiado no mundo todo.

Outra forma que populares e ONGs encontraram de ajudar foi através das redes sociais, criando financiamentos coletivos, rifas e eventos de arrecadação como uma forma de obter rações, medicamentos e outros itens de necessidade para os animais que já foram resgatados. Além disso, a Sema informou que os animais resgatados passam por uma triagem veterinária. Os que estão em bom estado de saúde são devolvidos aos tutores.

É claro que ações da população e dos governos como essas são importantes, mas é preciso começar a pensar a longo prazo em políticas para a preservação da vida animal diante dos eventos climáticos que prejudicam as suas vidas.

Além disso, as enchentes também impactaram a vida da fauna local, que perdeu seu habitat natural e precisa resistir para sobreviver com os impactos climáticos. Essas espécies são resgatadas e atendidas pelo Ibama/RS, mas não há garantia de que elas conseguirão sobreviver as mudanças causadas pela tragédia.

Segundo o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), em 2023 o país teve 1.161 desastres naturais. Com a ocorrência desses fenômenos cada vez mais frequentes no Brasil, se torna cada vez mais urgente que planos para prevenir e preservar a vida animal nessas situações sejam realizados e colocados em prática. Assim, além de preservar a vida humana, também preservamos a dos animais.

No Solidariedade, pensamos nas políticas públicas de proteção animal hoje, para que no futuro, estejamos preparados para auxiliar os animais em desastres naturais com agilidade e respeito.