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Quem são os idosos de hoje e quem serão nossos idosos de amanhã?
O homem evoluiu como espécie há cerca de 70 mil anos atrás e começou a formar sistemas conhecido como Cultura.
As culturas restritas ao espaço geográfico de existência foram construídas pelas relações comunicativas, por meio da linguagem simbólica, lançando o ser humano para uma terceira dimensão da temporalidade, que nos tornou capazes de imaginar, coletivamente, objetivos e perspectivas comuns.
A Revolução científica, que teve seu início há mais de 500 anos, tem nos trazido reflexões que poderão nos lançar em um novo futuro. Um dos estudos resultado de tantos anos de reflexões, tem sido dado no campo da demografia. Nesse contexto, ganha expressão o crescimento da população idosa.
Estudo da ONU mostra que em 2.050 o planeta terá 2 bilhões de idosos. No Brasil e em outras 64 países, nesse meio século, os idosos serão 30% da população.
A condição que nós seres humanos temos por meio da linguagem simbólica, de viajar no tempo e inventar o por vir, nos obriga, até por questões de ego, refletirmos sobre essa realidade e trabalhar, agora, para um futuro cada vez melhor para os idosos de amanhã.
Previdência, adaptação do Sistema de Saúde e violência são temas prioritários nesse momento de transição demográfica para esta nova realidade futura.
Como reflexo dessa mudança demográfica o Congresso brasileiro aprovou em 2003 o Estatuto do Idoso, considerado, internacionalmente, como uma das melhores leis de proteção à pessoa idosa. O Estatuto estabelece que o idoso tem sempre prioridade nos serviços públicos e privados.
Na Câmara, existem mais de 90 projetos relacionados a direitos de idosos. Cinquenta e seis deles alteram o estatuto, mas apenas em aspectos pontuais, como a extensão do direito à gratuidade no transporte aéreo. Há também uma série de propostas que visam tornar mais rigorosa a punição contra maiores de 60 anos.
A saúde é outra área que a população idosa deverá ser melhor atendida. O SUS deverá universalizar para todos os rincões do país os Programas de Atenção a Saúde dos Idosos, abarcando todas as necessidades de referência e contrarreferências em seus serviços.
Em pleno século XXI não podemos dar continuidade ao processo histórico sem soluções radicais às condições dos idosos em nossa sociedade.