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O Brasil precisa ouvir e dar mais espaço de fala para as mulheres
Falar sobre a voz das mulheres não é apenas uma questão de representatividade, é uma urgência democrática. Em um país onde mais da metade da população é feminina, ainda somos minoria nos espaços de decisão, sub-representadas nos parlamentos, invisibilizadas nas mídias e frequentemente silenciadas até dentro das estruturas partidárias. Isso precisa mudar.
No Partido Solidariedade, entendemos que dar espaço às mulheres não é concessão, é um compromisso. Precisamos não só incentivar a participação política das mulheres, mas garantir que suas vozes sejam ouvidas, respeitadas e amplificadas. E isso começa pela forma como nos comunicamos.
Na política, a ausência de mulheres significa ausência de experiências e visões que são fundamentais para a construção de um país mais justo e igualitário. Na comunicação, isso se traduz na falta de narrativas que contem nossas histórias, nossos desafios e nossas contribuições. Quantas lideranças femininas são ouvidas quando o assunto é economia, trabalho, moradia ou segurança pública? Quantas mulheres negras e periféricas têm espaço para expressar suas ideias nos meios de comunicação?
O Brasil precisa ouvir mais as mulheres porque são elas que estão na linha de frente das lutas diárias: nas casas, nos serviços públicos, nas comunidades, nos movimentos sociais. São elas que sustentam redes de cuidado, constroem solidariedade e enfrentam, com coragem, as desigualdades históricas que atravessam nossa sociedade.
No Solidariedade, temos o desafio, e a responsabilidade, de garantir que a nossa comunicação interna e externa reflita esse compromisso. Isso significa investir em lideranças femininas, dar visibilidade às nossas companheiras em todas as instâncias do partido, e, sobretudo, abrir espaços reais para escuta e protagonismo.
Não basta falar em nome das mulheres. É preciso abrir espaço para que elas falem por si, com voz ativa, com autonomia e com respeito.
Nosso país será mais democrático, mais forte e mais justo quando cada mulher tiver o direito de ser ouvida, não como exceção, mas como regra. E essa transformação começa em cada partido, em cada gabinete, em cada postagem, em cada espaço de fala.
Que o Solidariedade continue sendo, cada vez mais, um instrumento para essa mudança.