Em nosso país, ao pensarmos em meio ambiente, não há como não nos lembrarmos da nossa Amazônia, uma região que compreende metade do território nacional e abriga a maior biodiversidade do planeta. Por esta razão, na semana do Meio Ambiente quero convidá-los a refletir sobre a minha terra, refiro-me à Amazônia.

Após os dois maiores ciclos econômicos por que passou, o ciclo das drogas do sertão e da borracha, estabeleceu-se um novo tempo, a partir da década de 1960 para o desenvolvimento da economia do Norte. Com a criação da Zona Franca de Manaus, administrada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus, entidade que tenho a honra de liderar, da Sudam (Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia) e do Banco da Amazônia, assim, formou-se a tríade de entidades cuja missão é desenvolver a região.

Após um pouco mais de meio século temos, no Amazonas, 97% de floresta inteiramente preservada e um pujante polo industrial na sua capital que abriga mais de 450 grandes indústrias e emprega diretamente mais de 110 mil brasileiros. Ou seja, conseguimos aliar o desenvolvimento econômico à preservação ambiental, contrariando aqueles que acreditam que a solução é deixar a população amazônida isolada e miserável. O projeto de desenvolvimento da ZFM (Zona Franca de Manaus) trouxe esperança e dignidade àqueles que escolheram fincar raízes na região.

Além disso, a política pública ZFM fez de Manaus a maior metrópole da região, abrigando portos, aeroportos, hospitais, escolas, universidades, bem como atraiu investimentos nacionais e internacionais que fizeram a capital do Amazonas, segundo o IBGE (2022), a 5° cidade com maior PIB do Brasil. A cidade abriga ainda o maior fragmento de floresta preservada dentro de área urbana do Brasil: o Jardim Botânico de Manaus – Adolpho Ducke.

Outra grande conquista que cabe destacar nesta semana dedicada ao meio ambiente, é a recente assinatura do presidente Lula ao Decreto que dará autonomia ao CBA (Centro de Bionegócios da Amazônia). Além de um marco histórico, significa uma vitória para todos na região, uma vez que o principal papel do CBA será gerar riqueza a partir da pesquisa e do fortalecimento de cadeias dos insumos da Amazônia, ou seja, não apenas preservando, mas gerando valor por meio da agregação de tecnologias aos chamados bioprodutos ou bioinsumos locais.

Nesta semana dedicada ao meio ambiente, convoco o Brasil a pensar o futuro da Amazônia. Nenhum brasileiro quer mais a preservação ambiental do que aqueles habitam na região amazônica, no entanto, para além da preservação pura e simplesmente, nós amazônidas queremos respeito, dignidade e esperança, e isto só nos será permitido através da geração de emprego e renda.

Por tudo isso, nesta semana dedicada ao meio ambiente reitero meu compromisso com as políticas públicas de desenvolvimento da região, entre elas a Zona Franca de Manaus que, como vimos, ao mesmo tempo que nos traz dignidade por meio de investimentos e emprego, preserva a nossa amada floresta.