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Eleições 07/06/2022

Solidariedade marca presença em seminário sobre combate à desinformação promovido pelo TSE

Solidariedade marca presença em seminário sobre combate à desinformação promovido pelo TSE
Marcello Casal | Agência Brasil

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) promove nos dias 7 e 8 de junho um seminário com as plataformas de redes sociais e representantes dos partidos que disputarão as eleições em outubro. O Solidariedade participará do evento, batizado de “Plataformas Digitais e Partidos Políticos: o enfrentamento à desinformação como instrumento de promoção da democracia”, que acontece presencialmente no auditório do TSE.

As plataformas Kwai, WhatsApp, Twitter, TikTok, Google/YouTube e o Telegram farão exposições; a secretária-geral do TSE, Christine Peter, a secretária de Comunicação e Multimídia, Giselly Siqueira, e o assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, Frederico Alvim também marcam presença no evento.

A secretária-geral do TSE, Christine Peter, realizou a abertura do evento apresentando um resumo de todas as inovações tecnológicas das plataformas digitais, que assinaram o memorando de entendimento para combater a desinformação nas Eleições de 2022.

“Disseminação de notícias falsas são uma ameaça à democracia”, destaca Christine sobre a importância das medidas tomadas para o combate às fake news. 

“O acordo com as plataformas de mídias sociais visa impedir ou minimizar o avanço da desinformação sem controle de conteúdo para valorizar o âmbito da liberdade de expressão”, emenda. “Certamente as eleições de 2022 são um case mundial, não somente pelo processo eleitoral totalmente eletrônico, mas pelo enfrentamento à desinformação que gera ruídos e até ataques à democracia”, pontua a secretária-geral do TSE.

Bruno Andrade, secretário de Modernização e Gestão Estratégica do TSE, fez uma breve explanação, porém bem detalhada, sobre a evolução do processo eleitoral até chegarmos hoje no processo 100% eletrônico.

“As eleições não se resumem apenas às urnas eletrônicas, mas a todo o processo de auditoria e fiscalização do processo eleitoral que é realizado nas eleições”. 

“As desinformações estão mais no campo retórico, de dar descrédito à Justiça eleitoral, do que melhorar o processo eleitoral”, diz o secretário a respeito das notícias falsas sobre o processo eleitoral”.

Ele reforça que o cidadão pode ele mesmo fazer denúncias se assim perceber qualquer irregularidade nos canais do TSE, ( Denúncias — Tribunal Superior Eleitoral).

A gerente de políticas públicas da Meta, Priscila Couto, abriu sua fala abordando o tema da integridade nas eleições. Ela apresenta o Centro de Operações para Eleições, que tem como um dos objetivos interromper interferências, que são comportamentos inautênticos coordenados, como a criação de perfis e grupos falsos.

Em sua exposição, Priscila lista as ações realizadas decorrentes do acordo com o TSE para integridade das eleições, como o rótulo nas postagens orgânicas, que direciona o usuário para o site do TSE. O segundo produto é o lembrete de data importante se aproximando, como vencimento da regularização de título de eleitor, estático no feed dos usuários maiores de 16 anos.

Sobre a transferência em anúncios políticos e eleitorais, a gerente de políticas públicas fala sobre os rótulos de anúncios que mostram quem pagou por aquela publicação; ela também apresenta a biblioteca de anúncios, criada em 2018, que traz informações de quem financiou o valor aproximado gasto.

 “Transparência é o que nos importa”, frisa Priscila.

A representante da Meta emendou sua fala com o combate à desinformação. 

“Sempre que houver violação a qualquer uma dessas políticas o conteúdo será removido”.

Conteúdos de contas falsas, discurso de ódio ou supressão de votos, são exemplos de conteúdos removidos, mas mesmo assim, o usuário ainda tem chance de apelação à plataforma da Meta.

Lariana Mungai, representante da Kwai, fala sobre o processo de segurança da plataforma, que é feito em multicamadas. A inteligência artificial consegue identificar apologia à violência, nudez, assédio e bullying, além de comportamentos perigosos ou se há crianças no conteúdo. Além disso, o Kwai conta com moderadores humanos. 

“Mais de 12 milhões de vídeos foram retirados e mais de 94% destes foram retirados antes de 24 horas após serem publicados, antes mesmo de receberem denúncias”, frisou Lariana.

Sobre a parceria com TSE, Lariana destaca a iniciativa “Rolê das Eleições”, uma série de conteúdos criados e focados no público mais jovem, mas que teve bastante adesão de todas as faixas etárias. 

O diretor de políticas públicas do WhatsApp, Dario Durigan, falou sobre integridade e segurança na plataforma de troca de mensagens durante as eleições.

 “O desenho da plataforma foi pensado para restringir a viralidade”,

Sobre o recurso ‘encaminhar’ do WhatsApp, que foi restringido para o caso de links encaminhados com frequência. 

Giselly Siqueira, secretária de Comunicação e Multimídia do TSE, encerra o primeiro dia do evento e fala resumidamente sobre a trajetória do TSE para o enfrentamento à desinformação, desde 2017.

 “Hoje o cenário que enfrentamos é o aumento de desinformação sobre o processo eleitoral, mas como contraponto nós temos o interesse do público neste processo”, argumenta.

O segundo dia contou com as apresentações de representantes do Twitter, TikTok, Google e Telegram sobre suas ações de segurança e combate à desinformação. 

Laila Malaquias, da equipe de Políticas Públicas do Twitter, reforça o poder informativo do Twitter, que é usado como fonte para muitos jornalistas.

“As pessoas vem esperando ter um diálogo para o público que interessa para elas; o debate público acontece cada vez mais dentro do Twitter, não só postagens tolas, mas assuntos sérios”, expõe. 

A representante do Twitter explorou diversas formas de ampliar a discussão, como a humanização, dicas para escrita e respostas a todos os comentários, que é uma importante forma de aproximar e criar um vínculo com os seguidores. 

A apresentação seguiu com Natália Neris, coordenadora de Políticas Públicas do Twitter, que falou um pouco sobre a política de segurança do Twitter, que conta com o canal de denúncias no Twitter e segurança da conta com autenticação de dois fatores. 

“Nosso objetivo de fato é servir a essa conversa pública e não é um objetivo pequeno e fácil, pois temos que equilibrar a liberdade de expressão e segurança das pessoas”, explica Natália. 

Ela ainda apresentou as regras de segurança da plataforma, como a proibição de divulgação de informação privada sem autorização, o comportamento de incitação ao ódio, a violência ou o encorajamento de atos violentos e o assédio.

 A coordenadora ainda destacou a ferramenta nova do Twitter que convida o usuário a editar seu comentário caso a plataforma perceba que existe alguma violação de regra da comunidade naquele conteúdo.

Além disso, a plataforma proíbe as práticas de violação à integridade eleitoral, como a supressão e intimidação de pessoas e informações enganosas sobre os resultados, bem como a afiliação falsa ou enganosa a um candidato, representante público eleito ou partido. 

Fernando Gallo, chefe de Políticas Públicas do TikTok, iniciou sua exposição apresentando como a rede está trabalhando para enfrentar a desinformação.

“O TikTok, sendo uma plataforma de entretenimento, não é o primeiro destino para o consumo de informações eleitorais e políticas, inclusive, porque nossas informações não são trazidas de forma cronológica, mas sabemos que as pessoas usam nossa plataforma para postar conteúdos de política. Nossa tarefa é trabalhar para proteger essa conversa que porventura aconteça em nossa plataforma sobre eleições”, explica Fernando.

 Sobre as ações de integridade eleitoral, o chefe de Políticas Públicas do aplicativo destaca as parcerias com agências verificadoras, como o Estadão, que checam a veracidade das informações.

“Nós não permitimos conteúdo que engane os usuários em relação às eleições, como alegações de fraude eleitoral, de que o voto não será contado, de informações falsas sobre datas, horários ou procedimentos; também falsificações digitais que possam enganar os usuários, que distorçam a veracidade dos eventos e, claro, a prática de comportamentos inautênticos coordenados, enganando os indivíduos”, pontua. 

No Brasil, o Google tem uma parceria com o TSE desde 2014 com o intuito de promover informações verdadeiras sobre as eleições. “Nosso objetivo central é manter os eleitores informados em sua jornada rumo à urna”, afirma Luísa Phebo, gerente de parcerias do Google.

Natália Kuchar, advogada do Google Brasil, apresentou também sobre os anúncios eleitorais e pontuou as diferenças entre anúncios eleitorais para o Google e campanha eleitoral. 

“Para o Google, anúncios eleitorais são todos os anúncios que divulguem partidos políticos, titulares de cargos públicos eletivos federais ou candidatos”, explica a advogada.

Alan Elias Thomaz, advogado do Telegram, encerrou a participação das plataformas durante o painel e apresentou os princípios do Telegram, baseados em preservação da privacidade e liberdade de expressão.