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Agricultura 26/06/2024

Zé Silva apresenta proposta para estimular a permanência do jovem agricultor no campo

Zé Silva apresenta proposta para estimular a permanência do jovem agricultor no campo
Foto: Pedro Francisco

‌A agropecuária brasileira está passando por uma crise de sucessão. Os jovens de famílias de agricultores não demonstram o mesmo interesse por manter suas raízes no trabalho do campo. O deputado do Solidariedade Zé Silva (MG), preocupado com esse fenômeno, realizou uma audiência pública para discutir com jovens agricultores, especialistas e o Ministério do Desenvolvimento Agrário maneiras de tornar a vida no campo mais atraente para essa geração. Durante essa audiência, os participantes observaram que um dos maiores motivos da saída das gerações mais jovens do campo é a falta de oportunidades de desenvolvimento econômico.

Proposta realista

‌Atento a esse esvaziamento da mão de obra jovem do campo, o parlamentar mineiro apresentou um projeto de lei para tornar o retorno do trabalho agropecuário mais interessante para o jovem agricultor. O PL 2501/2024 propõe que a produção agropecuária de jovens agricultores familiares (com idade entre 15 e 29 anos) seja priorizada em compras de gêneros alimentícios para o Programa Nacional de Alimentação Escolar, o PNAE.

O PNAE já prevê que, no mínimo, 30% do orçamento do programa seja destinado à compra de gêneros alimentícios da agricultura familiar. Desse montante, a proposta do deputado mineiro determina que pelo menos 10% dos valores negociados devam ser em nome de jovens agricultores.

Construindo oportunidades

‌O parlamentar acredita que a inclusão dos jovens rurais como fornecedores de alimentos para o PNAE, conforme proposto, visa não apenas fortalecer a produção e a comercialização na agricultura familiar, mas também promover a participação social, o desenvolvimento integral e a sucessão das gerações de agricultores no campo:

“Na década de 70, e grande parte de vocês não tinha nascido mas eu já estava lá na minha juventude, o Brasil tinha 15% da população nas cidades e 85% no campo. Hoje, essa pirâmide inverteu. Nós temos um pouco menos de 15% das pessoas no campo. Pra manter as pessoas no campo a gente tem que criar oportunidades, a gente tem que construir oportunidades, como a desse projeto de Lei,” concluiu Zé Silva.