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Weliton propõe exame mais preciso para detectar rapidamente câncer de colo de útero
O câncer de colo de útero mata uma mulher a cada 90 minutos e 16 mil novos casos da doença ocorrem anualmente no Brasil, segundo estimativas do Ministério da Saúde. Desde 1998 o Sistema Único de Saúde (SUS) executa o Programa Nacional de Rastreamento de Câncer de Colo de Útero em todo o país. O programa usa a série de testes Papanicolau, de citologia convencional, para detectar a presença do HPV que é o vírus do papiloma humano (principal causador do câncer de colo de útero) e, consequentemente, o avanço da doença na população feminina.
Avanço no diagnóstico
O exame Papanicolau, no entanto, demonstra ser historicamente ineficaz na detecção precoce do câncer de colo de útero: 60% dos casos são detectados em estágios avançados. Tanto que há dez anos a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a troca do Papanicolau pelo teste genético primário de DNA-HPV como padrão para detecção do HPV. O teste detecta a presença do vírus no corpo antes de causar lesões persistentes que evoluam para o câncer de colo de útero. Tanto que, em 2022, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia também passou a recomendar os testes DNA-HPV.
Precisão em larga escala
Ao observar a evolução nos processos de diagnóstico do câncer de colo de útero, o deputado do Solidariedade Weliton Prado apresentou o Projeto de Lei 5688/2023, que atualiza a Política Nacional de Rastreamento de Câncer de Colo de Útero ao oferecer o teste de DNA-HPV pelo SUS, como forma de realizar o diagnóstico precoce e, assim, aumentar as chances de cura das pacientes.
Weliton explica que a oferta do exame mais moderno e preciso no Brasil não vem acompanhada de aumento de custos:
“A rede existente de laboratórios no Brasil já realiza outros testes virais, com mais de 4 milhões de análises por ano. A disponibilidade de plataformas totalmente automatizadas e de alta capacidade para testes de HPV torna o rastreamento viável para as mulheres.”
O parlamentar mineiro conclui que a implementação de testes de HPV na triagem primária no SUS é não apenas possível, mas também aconselhável.
A proposta está em análise pela Câmara dos Deputados.
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Bruno Angrisano / Solidariedade na Câmara