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COVID-19 03/09/2021

STF decide que lobista da Precisa deve comparecer à CPI

STF decide que lobista da Precisa deve comparecer à CPI
Presidente da CPI, senador Omar Aziz, conversa com integrantes da comissão. Foto: Pedro França/Agência Senado.

Na última quinta-feira (02), a expectativa inicial dos senadores que compõe a CPI da Covid era ouvir o advogado Marconny Albernaz Ribeiro, suposto lobista que intermediou as negociações com a Precisa Medicamentos na compra da vacina indiana Covaxin.

O advogado já havia tentado evitar o depoimento de duas formas; ele já havia entrado antes com recurso no STF (Supremo Tribunal Federal), que foi recusado e depois apresentou um atestado, que foi cancelado pelo próprio médico, este alegou que Marconny tinha fingido os sintomas.

Marconny é apontado como lobista da Precisa Medicamentos. Ele também ajudou Jair Renan, filho do presidente Jair Bolsonaro, a abrir uma empresa em Brasília (DF).

O advogado lobista não apareceu na sessão de ontem e o presidente da CPI pediu ao STF a autorização para uma condução coercitiva, medida esta que foi acatada pela ministra do STF, Cármen Lúcia, que manteve a obrigatoriedade do comparecimento de Marconny na CPI da Covid.

Na quarta-feira, a CPI ouviu também Ivanildo Gonçalves, motoboy da VTCLog, empresa que entrou na mira das investigações após o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), identificar uma movimentação atípica de R$ 117 milhões. A CEO da VTCLog, Andréia Lima, alegou que não havia tempo em sua agenda e por isso apenas o motoboy foi ouvido.

A suspeita é de que a VTCLog teria usado o motoboy para fazer pagamentos ilegais em dinheiro, uma vez que o mesmo movimentou R$ 4,7 milhões em saques e pagamentos.

No seu depoimento Ivanildo confirmou que os saques e pagamentos eram feitos quase todos os dias, alegando já ter retirado R$400 mil reais da boca do caixa. A CPI aprovou a quebra do sigilo do motoboy, após o mesmo se recusar a entregar o celular.

A CPI da Covid ouviu também nessa quinta-feira, o depoimento do ex-secretário de saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo Filho, acusado de irregularidades em contratos feitos durante a pandemia no estado. Araújo negou as acusações e prestou esclarecimentos.

Informações: G1, Agência Senado e Poder 360.