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Lidera+ chega ao fim da 3ª Edição e prepara mulheres para o cenário político
Com a aproximação das eleições municipais de 2024, o Lidera+ chega ao módulo 4 de sua 3ª edição, encerrando um ciclo de preparação essencial para mulheres que buscam construir candidaturas sólidas e bem-sucedidas. No entanto, apesar de representarem 52,65% dos eleitores, as mulheres ocupam apenas 15% dos cargos eletivos, destacando a importância de programas como o Lidera+ no incentivo da participação feminina na política. “O Lidera+ não é apenas um curso de formação política, é um impulsionador de vozes femininas, uma ferramenta para capacitar mulheres a ocuparem de fato seu lugar na política brasileira”, comemora Samanta Costa, presidente da Fundação 1º de Maio, instituição partidária ligada ao Solidariedade, que promove cursos de capacitação política.
No dia 24 de fevereiro de 2024, completaram-se 92 anos desde que as mulheres conquistaram o direito ao voto e à candidatura no Brasil. Apesar disso, muitas barreiras persistem.
A ministra Cármen Lúcia foi a primeira mulher a presidir o Tribunal Superior Eleitoral em 2012 e este ano ela reassume a cadeira como vice-presidente do TSE, a advogada Edilene Lôbo assumiu uma cadeira de ministra substituta e foi a primeira ministra negra da Corte Eleitoral em 2023, a Isabel Gallotti tomou posse como ministra efetiva do Colegiado, em uma das vagas destinadas aos ministros do Superior Tribunal de Justiça, em 21 de novembro de 2023. Em fevereiro deste ano, a Advogada Vera Lúcia, segunda mulher negra do Colegiado do TSE, assumiu o cargo como ministra substituta na classe dos juristas.
Mulheres são mais da metade do Brasil e ainda existem muitas primeiras vezes para realizarem no cenário político. Para enfrentar esses desafios, é fundamental aumentar a conscientização sobre a importância da representatividade feminina na política. Como estabelecer uma democracia justa e transparente sem ter como representar a maioria do país? Portanto, sendo quase 53% do eleitorado brasileiro composto por mulheres, é fundamental que elas sejam incentivadas e apoiadas a se candidatarem e ocuparem espaços de liderança. Iniciativas como o Lidera+ desempenham um papel crucial ao capacitar mulheres com conhecimento e habilidades necessárias para enfrentar os desafios políticos.
“Neste ano, capacitamos mais de 500 mulheres que desejam se candidatar. Com isso, a gente espera que as próximas gestões municipais tenham quadros mais equitativos na questão do gênero. Porque além de formar tecnicamente essas mulheres, a gente trabalha também questões que envolvem autoconfiança, oratória, empoderamento pessoal. As mulheres podem e devem ocupar todos os espaços que quiserem!”, comenta Andrea Envall, diretora financeira da Fundação 1º de Maio.
O Lidera+ capacita mulheres para liderarem
A finalização da 3ª edição do Lidera+ representa um marco importante na vida profissional de mulheres para liderarem no cenário político. Com a participação de mais de 70 mulheres na modalidade presencial em Brasília, o evento conta com palestras e atividades que acontecem nos dias 18, 19 e 20 de abril. Durante o curso, as participantes serão instruídas sobre as questões legais na pré-campanha, legislação eleitoral em 2024, orçamento de campanha e captação de recursos, campanha digital e muito mais.
O curso está moldando uma nova geração de líderes políticas determinadas a enfrentar a misoginia e promover a igualdade de gênero. As palavras da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, na sessão solene na Câmara dos Deputados em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, ressoam: eleger um maior número de vereadoras e prefeitas é essencial para enfrentar a misoginia no campo político.
“É gratificante realizar não apenas para mim, mas para todas as mulheres que não se sentem representadas na política. Precisamos nos unir! Mais mulheres devem estar à frente de tantas pessoas para afirmar que sim, é possível, e sim, é o seu lugar! Não podemos nos calar diante do machismo que enfrentamos no campo político. Somos mulheres e estaremos onde quisermos, inclusive na política!”, diz Maria Aparecida dos Santos, secretária nacional do Solidariedade Mulher.
Munidas e empoderadas com o conhecimento, habilidades e expertise adquiridos ao longo do curso, existe uma grande expectativa para que os dados de participação de mulheres na política aumentem em 2024. Todas elas vão enfrentar grandes desafios pela frente, mas estarão preparadas para liderar um futuro melhor, e assim, avançar em direção a uma sociedade mais igualitária e inclusiva, onde todas as vozes são ouvidas e valorizadas.