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Pirâmides Financeiras 09/08/2023

CPI das Pirâmides Financeiras recebe representantes das exchanges

CPI das Pirâmides Financeiras recebe representantes das exchanges
Foto: Pedro Francisco

A Comissão Parlamentar de Inquérito das Pirâmides Financeiras ouviu representantes de exchanges para esclarecer como são negociados os criptoativos no Brasil. Exchanges são corretoras especializadas em negociação de criptomoedas. Foram ouvidos representantes das empresas FoxBit, Mercado Bitcoin e Bitso.

Negociações com segurança

‌Os representantes das exchanges explicaram que o principal mecanismo que diferencia uma exchange segura de uma que potencialmente pode ser fonte de prejuízos é a segregação patrimonial, ou seja, o capital dos clientes não se mistura com o capital da exchange. A empresa, assim, não usa dinheiro dos clientes para realizar suas atividades rotineiras ou operações financeiras. O cliente também tem disponível o seu capital para resgate quando desejado.

‌Além disso, as exchanges sérias adotam procedimentos de compliance relativos a movimentações financeiras, como verificação prévia dos futuros clientes e fiscalização das transações financeiras. Elas também trabalham com ações de prevenção à lavagem de dinheiro e de financiamento de terrorismo ou atividades criminosas.

Reinaldo Rabelo, diretor executivo do Mercado Bitcoin, afirmou que, além de uma rígida segregação patrimonial, a empresa aplica de forma intensa os mecanismos de controle e fiscalização:

“A gente tem trabalhado pra implementar as recomendações do Grupo de Ação Financeira contra lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo. Controlamos como nossos clientes operam dentro da plataforma e também fazemos controle dentro do blockchain, para garantir que o ativo digital tenha uma jornada regular e lícita.”, explicou.

Os representantes da Foxbit e da Bitso também informaram utilizar esses mecanismos de forma regular.

Mercado atraente

‌Thales Freitas, diretor executivo da Bitso Brasil, apresentou um panorama atualizado do mercado cripto e suas perspectivas de crescimento. Ele explicou que essa rentabilidade é que atrai vítimas de golpes de pirâmides financeiras. E argumentou que o principal caminho para evitar que clientes caiam em golpes baseia-se no tripé educação, regulação e segurança. Ou seja, cursos educativos, licenças e fiscalização das exchanges pelo Banco Central, segregação patrimonial e fiscalização das transações para evitar lavagem de dinheiro ou financiamento de organizações criminosas e atividades terroristas:

Na Bitso trabalhamos com esse tripé. Estamos comprometidos em transformar o mercado cripto em um ambiente mais seguro, confiável e transparente para os investidores”, assegurou.

Investimento na confiança

João Canhada, um dos sócios da Foxbit, explicou que as criptomoedas surgiram para aumentar a segurança e eficiência das transações financeiras após a crise de 2008:

“Elas surgiram como um movimento econômico libertário e em menos de duas décadas os criptoativos transformaram profundamente o cenário econômico mundial”, afirmou.

João Canhada disse também que, para que um investidor desfrute da segurança nas transações de criptoativos, é necessário que haja informação e educação sobre o funcionamento dessa nova tecnologia financeira.

Canhada garantiu que a Foxbit investe pesadamente em informação e transparência desde seu surgimento, de forma a oferecer mais acessibilidade e eficiência para seus clientes. Quando indagado pelo deputado Aureo Ribeiro, Canhada assegurou que a Foxbit possui procedimentos de compliance robustos, com fiscalização e controle ostensivos sobre as negociações de criptoativos para garantir sua legalidade.

O deputado do Solidariedade Aureo Ribeiro (RJ), presidente da CPI, considerou proveitosa a reunião:

“Nosso trabalho aqui na CPI é separar o joio do trigo no mercado das criptomoedas. Foi fundamental a participação das corretoras aqui presentes hoje para avançarmos nesse sentido,” finalizou o parlamentar.

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Bruno Angrisano / Solidariedade na Câmara