O aumento expressivo da conta de luz é consequência da crise hídrica que afeta os reservatórios das usinas hidrelétricas. Segundo dados do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), o país enfrenta a pior estiagem dos últimos 91 anos. 

Nesse sentido, o MME (Ministério de Minas e Energia), emitiu em nota, afirmando uma “relevante piora” no cenário hídrico do País e nas projeções para os próximos meses. 

O que explica o alto preço da conta de luz? 

Os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste – que respondem por 70% da geração de energia do país – estão com 23% da capacidade de armazenamento, nível menor que o registrado em agosto de 2001, quando o país enfrentou racionamento de energia. 

Então, para preservar água nos reservatórios das hidrelétricas, a primeira alternativa do governo é acionar as usinas termelétricas, que são mais caras e mais poluentes. Além de aumentar a importação de energia da Argentina e Uruguai, que aumentam os custos de produção da energia no país. 

Energia sobe três vezes mais que a inflação 

De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o índice do IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15) – que é uma prévia da inflação oficial do país – avançou 0,89% na passagem de julho para agosto, enquanto a alta da energia elétrica foi de 5%. 

Assim, no ano, enquanto o IPCA-15 acumulou alta de 5,81%, a alta acumulada nas contas de luz chegou a 16,07%, quase o triplo do índice geral. E a energia elétrica acumulou alta de 20,86%, mais que o dobro da inflação acumulada no período, que foi de 9,3%. 

Com informações de G1