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Ronaldinho Gaúcho depõe na CPI das Pirâmides Financeiras
A Comissão Parlamentar de Inquérito das Pirâmides Financeiras recebeu o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho. Ele foi ouvido como testemunha na investigação relativa à empresa 18kRonaldinho, investigada por esquema de pirâmide com criptomoedas. Ronaldinho só compareceu para depor depois de ser expedida contra ele uma ordem judicial de condução coercitiva à Comissão.
“Silencioso”
Os parlamentares notaram que o ex-jogador preferiu ficar em silêncio e não responder a várias perguntas. Nos momentos em que falou, Ronaldinho Gaúcho corroborou a versão de Assis, irmão e empresário do ex jogador que já havia falado à CPI.
Ronaldinho reiterou que que foi apenas contratado para fazer propaganda de relógios da empresa 18kWatches e que a imagem dele foi usada indevidamente em várias propagandas de investimentos em criptomoedas do esquema de pirâmide financeira da empresa 18kRonaldinho. Ele também afirmou que não é sócio da empresa 18kRonaldinho:
“Além disso, assim que o meu irmão percebeu que a minha imagem estava sendo usada indevidamente, rompeu o contrato com a empresa.”
Processo contra os donos da 18k
Ronaldinho inicialmente ficou em silêncio ao ser indagado por que não havia processado a 18KRonaldinho quando viu que sua imagem foi usada indevidamente pela empresa. Mas eventualmente o ex-jogador afirmou que nunca mais assinaria um contrato com eles:
“De jeito nenhum eu assino com eles de novo. Quando eles aparecerem eu vou processar. Eu gostaria que fossem pegos, pois mancharam meu nome, usaram indevidamente meu nome. Então o que eu mais quero é que eles sejam pegos pra que eu também possa limpar meu nome, que tá sendo queimado, então eu mais do que ninguém quero que tudo isso se esclareça o quanto antes. Fico triste pelos outros e se algum dia eu puder ajudar essas pessoas que foram enganadas pra mim vai ser motivo de muita alegria,” finalizou o ex-jogador.
Investigações necessárias
O presidente da CPI, o deputado do Solidariedade Aureo Ribeiro, lembrou que o objetivo da CPI é justamente esse: o de fazer justiça e buscar meios de reparar os prejuízos causados às pessoas que foram enganadas por golpistas. E disse que vai investigar o que for necessário:
“Ninguém está acima da lei. Nem celebridade, nem jogador de futebol, nem influenciador. Vamos ouvir todas as pessoas que forem necessárias. Estamos trabalhando, debruçados, numa investigação para defender mais de três milhões de pessoas que foram lesadas por essas pirâmides financeiras.”
A próxima reunião da CPI das Pirâmides Financeiras será uma audiência pública para discutir aprimoramentos na legislação das criptomoedas.
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Bruno Angrisano / Solidariedade na Câmara