A Comissão Parlamentar de Inquérito das Pirâmides Financeiras foi instalada nesta terça (13), na Câmara dos Deputados. A CPI, cujo requerimento de criação é de 2019, é de autoria do deputado Aureo Ribeiro, líder do Solidariedade na Câmara.

A CPI tem como objetivo investigar golpes de pirâmides financeiras baseados em transação financeira com criptomoedas. A Comissão é composta por 32 integrantes e o relator deve ser escolhido na próxima reunião.

Aureo Ribeiro lembra que os criminosos envolvidos com pirâmides financeiras usando criptoativos “lesaram a população brasileira levando sonhos e esperança de pessoas que trabalharam a vida toda e colocaram seus investimentos para ter garantia de um falso rendimento”, explica. Por isso, o deputado pede que quem investiu ou utiliza um ativo digital acompanhe os trabalhos da CPI. “Vai ser muito importante para separar o joio do trigo e a gente fortalecer o crescimento das criptomoedas no nosso país”, defende Aureo.

No mundo todo, o surgimento das criptomoedas causou uma revolução nos mercados financeiros. Inicialmente criadas para serem alternativas seguras de negociação, os chamados criptoativos se valorizaram e rapidamente ganharam o status de investimento. Porém, a natureza complexa do funcionamento dessa nova tecnologia atraiu a atenção de golpistas e fraudadores como uma oportunidade de lucrar muito enganando investidores com pouco conhecimento na área.

Objetivos claros

Para Aureo Ribeiro, a Comissão tem três objetivos claros:

• Repressivo, investigar empresas e pessoas que praticaram crimes através de pirâmides financeiras com criptomoedas;
• Pedagógico, para explicar a população brasileira como agira, atuar, investir, transacionar com criptoativo; e
• Preventivo, para não deixar que esse tipo de crime continue lesando a população brasileira.

__________

Bruno Angrisano / Solidariedade na Câmara